Operação Poseidon 2021 reúne helicópteros das Três Forças no NAM Atlântico
Entre os dias 28 de agosto e 4 de setembro de 2021, a cerca de 50 km da costa do estado do Rio de Janeiro, aconteceu a Operação Poseidon 2021 a bordo do Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) A-140 “Atlântico”.
Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) A-140 “Atlântico” |
A operação integra o Plano de Trabalho das Atividades Conjuntas de 2021 do Ministério da Defesa com o propósito de incrementar a interoperabilidade entre as Forças Armadas.
Pela primeira vez na história das Forças Armadas, helicópteros da Marinha, do Exército e da Força Aérea, realizaram exercícios no NAM "Atlântico" em movimento.
Além das aeronaves e mais de mil militares, o exercício teve a participação da Fragata F-43 "Liberal", atuando como navio-escolta.
Fragata F-43 Liberal |
Objetivo
O objetivo do exercício é incrementar a interoperabilidade entre as Forças Singulares com foco no Movimento Navio para Terra Helitransportado.
A Operação “Poseidon” é a terceira etapa de qualificação de pilotos do Exército e da Força Aérea a bordo de navios da Marinha, em continuação ao esforço iniciado em 2018 e prosseguido em 2020 e março de 2021, na Operação “Urano”, que é uma missão de Intercâmbio Operacional da aeronave H225M.
Almirante de Esquadra Almir Garnier Santos (dir) e Ministro da Defesa, General de Exército Walter Souza Braga Netto (meio) |
O Comandante da Marinha, Almirante de Esquadra Almir Garnier Santos, acompanhado do Comandante de Operações Navais, Almirante de Esquadra Alipio Jorge Rodrigues da Silva, recebeu, nos dias 2 e 3 de setembro, o Ministro da Defesa, General de Exército Walter Souza Braga Netto, a bordo do Navio- Aeródromo Multipropósito.
“Com o NAM e as outras Forças nossa capacidade aumenta”, destacou o Comandante da Marinha.
“Nossas Forças são muito profissionais mas precisam ter a rotina de trabalhar integradas. Essa necessidade é vital para um bom adestramento e preparo das Forças Armadas” complementou o Ministro da Defesa.
Escute a entrevista do Ministro da Defesa e do Comandante da Marinha abaixo:
Aeronaves
Wild Lynx matrícula N-4003 |
Participaram também os helicópteros UH-15 Super Cougar matrícula N-7203 e o UH-15 matrícula N-7101, ambos do 2º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral (Esquadrão Pégasus).
Super Cougar matrícula N-7203 |
Além dos helicópteros, um elemento (2 aeronaves) de caças AF-1 Skyhawk da Marinha, Esquadrão VF-1, baseado em São Pedro da Aldeia, fizeram um sobrevoo durante a Operação.
UH-12 (Helibras AS350 Esquilo) matrícula N-7087 |
O Exército participou com o helicóptero HM-4 Jaguar (H225M) matrícula EB5011 do 1º Batalhão de Aviação do Exército (BAvEx), sediado em Taubaté.
HM-4 Jaguar matrícula EB5011 |
A Força Aérea participou com o helicóptero H-36 Caracal do Esquadrão Puma (3°/8° GAV) matrícula FAB8518 , sediado no Galeão, no Rio de Janeiro (RJ).
H-36 Caracal matrícula FAB8518 |
Exercícios
Foram realizados diversas atividades a bordo do navio capitânia da esquadra brasileira.
O exercício de pouso a bordo familiariza as tripulações das aeronaves, bem como a tripulação embarcada, com o navio em movimento, contribuindo para a garantia da segurança das operações aéreas embarcadas.
Foi realizado o "Fast Rope", técnica de infiltração por aeronaves com descida de uma equipe de operações especiais com rapidez e surpresa, a partir de um helicóptero, utilizando um cabo especial para a descida. Ou seja, o helicóptero se aproxima em baixa altitude sobre o local de desembarque com o máximo de ocultação possível, de maneira a garantir a surpresa e um menor tempo de exposição.
H-36 Caracal da FAB preparando para realizar o Fast Rope |
No exercício de hangaragem, uma aeronave estaciona em um local protegido das ações do tempo, como chuva, fortes ventos e outra intempéries. Além disso, no hangar é possível executar as manutenções necessárias com segurança. Essa manobra é utilizada para reduzir o espaço ocupado pelo helicóptero e é necessário a dobragem das hélices.
Em outro tipo de exercício, os militares do navio no mar, ou mesmo durante a sua estadia nos portos, devem estar prontos para recolher um ou mais tripulantes que tenham caído na água (homem ao mar).
Outro exercício realizado foi a evacuação aeromédica, que consiste no transporte por via aérea de militares ou civis, feridos ou enfermos, em tempo de paz ou em situação de conflito, a partir da frente de combate ou de um local com recursos médicos limitados ou inexistentes, para outro provido dos meios necessários à assistência adequada.
Por fim, o exercício de tiro sobre um alvo inimigo flutuando na superfície do mar com o objetivo de treinar as tripulações dos meios navais e aeronavais na execução de tiro real, aferindo a precisão de seus armamentos.
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