Primeira Fragata “Tamandaré” em fase final de construção
O lançamento ao mar da Fragata “Tamandaré”, primeiro dos quatro novos navios-escolta que passarão a equipar a Marinha do Brasil ao longo desta década, está previsto para meados deste ano. Já o segundo navio da Classe, que será batizado de Fragata "Jerônimo de Albuquerque”, teve iniciado o corte das chapas de aço que comporão seu casco. Ambos fazem parte do Programa Fragatas Classe Tamandaré (PFCT), o mais moderno e inovador projeto de construção naval desenvolvido no País e que tem a expectativa de gerar cerca de 2 mil empregos diretos e 6 mil indiretos.
O PFCT tem como propósito modernizar a Esquadra brasileira, reforçando sua capacidade de garantir a soberania do País, além de incentivar o crescimento da indústria de defesa nacional e da cadeia produtiva necessária à construção dos navios em solo brasileiro. Conduzido pela MB, o programa é gerenciado pela Empresa Gerencial de Projetos Navais (EMGEPRON) e executado pela Sociedade de Propósito Específico Águas Azuis, que é composta pelas empresas Thyssenkrupp Marine Systems, Embraer Defesa & Segurança e Atech.
Representação gráfica da Fragata “Tamandaré”
Com alta complexidade tecnológica, as novas fragatas serão versáteis e de alto poder de combate, capazes de se contraporem a múltiplas ameaças, e serão utilizadas para proteger as riquezas da Amazônia Azul. As embarcações serão destinadas, também, para operações de busca e salvamento e apoio à política externa brasileira.
“O Programa Fragatas Classe Tamandaré amplia nosso compromisso com a sociedade de preservar e proteger as águas jurisdicionais brasileiras, valorizando a mão de obra nacional, usando o que há de mais moderno em tecnologia e fomentando a nossa Base Industrial de Defesa”, reforçou o Diretor-Geral do Material da Marinha, Almirante de Esquadra Edgar Luiz Siqueira Barbosa.
Com isso, a proposta está em sintonia com o cenário geopolítico atual, que tem incentivado grandes e médias potências a elevarem seus investimentos para renovar seus sistemas de Defesa. Nos últimos 10 anos, o Brasil provisionou, em média, o correspondente a 1,32% do PIB para a defesa nacional, enquanto outros países em desenvolvimento investiram mais, como a Índia (2,4%), a Colômbia (3%) e o Chile (1,8%).
A ênfase dada pela PEC aos Programas Estratégicos das Forças Armadas preveem o desenvolvimento e a fabricação de sistemas e equipamentos em território nacional, atividades intensivas na geração de empregos e no desenvolvimento de ciência e tecnologia, como o Programa Fragatas Classe Tamandaré. O aumento gradual do orçamento proposto pela “PEC da Defesa” pode render dividendos econômicos e sociais internos, além de contribuir para a manutenção e fortalecimento do poder dissuasório brasileiro.
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