Header Ads

ComForAerNav: 108 anos da Aviação Naval brasileira


O mês de agosto é marcado pelo aniversário da Aviação Naval brasileira, celebrado no dia 23. 

O município de São Pedro da Aldeia, Região dos Lagos do Rio, foi escolhido na década de 1960 como morada da Aviação Naval, sendo uma das 13 Organizações Militares que integram atualmente o Complexo Aeronaval.

Esquadrões (Esqd)

EsqdVF-1 - Falcão



O 1.º Esquadrão de Aviões de Interceptação e Ataque, criado pela Portaria Ministerial n.º 256, de 2 de outubro de 1998, e ativado na mesma data, é responsável pelos caças McDonnell-Douglas A-4KU Skyhawk II (AF-1) e McDonnell-Douglas TA-4KU Skyhawk II (AF-1A)

Último A-4 modernizado entregue pela Embraer

Em 2022, a Embraer entregou o último dos cinco caças AF-1B (monoplace) e dois AF-1C (biplace) modernizados, de um lote original de vinte caças AF-1 (monoplace) e três AF-1A (biplace) comprados do Kuwait.

EsqdHA-1 - Lince

Ativado em 17 de janeiro de 1979 como o 1.º Esquadrão de Helicópteros de Ataque, tem a missão de prover os meios aéreos para detectar submarinos, indicar alvos aos mísseis IKARA das fragatas da classe Niterói e para atacar embarcações pequenas como lanchas de patrulha, e não maiores, como uma fragata.

Dos nove Westland Super Lynx Mk.21A originais, restaram cinco, que foram modernizados a partir de 1996 para o padrão Mk21A (Super Lynx), juntando-se a nove outros novos de fábrica, recebendo a designação de AH-11A, e a unidade, o nome de 1.º Esquadrão de Helicópteros de Esclarecimento e Ataque, refletindo suas novas capacidades. 

A partir de 2019 os Super Lynx foram modernizados para o padrão Mk21B (AH-11B), apelidado “WildLynx” por sua semelhança ao Wildcat, versão mais recente do Super Lynx.

Em setembro de 2022, quatro AH-11B já haviam sido entregues, com outros quatro em modernização.

EsqdHI-1 - Garça


O 1.º Esquadrão de Helicópteros de Instrução, ativado em 27 de junho de 1962, fornece aeronaves para a instrução prática dos futuros pilotos. 

Além da instrução, o esquadrão pode também ser usado para emprego geral. Ele opera helicópteros Bell Jet Ranger III (IH-6B); dezesseis unidades foram adquiridas desde 1986. 

Através do programa TH-X, pelo menos cinco Esquilos da Helibras (designação IH-18), negociados em 2022, irão substituir os atuas IH-6B.

EsqdHS1 - Guerreiro


O 1.º Esquadrão de Helicópteros Antissubmarino, criado em 28 de maio de 1965, tem como principais objetivoa a busca de submarinos, podendo atacar alvos submarinos ou de superfície. Suas atribuições secundárias são o transporte, evacuação aeromédica, busca e salvamento e espotagem de tiro.

O Esquadrão opera com os SH-16 Seahawk (2012–presente), possuindo uma frota de seis unidades em 2020. 

EsqdHU-1 - Águia


O 1.º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral, primeira unidade aérea operativa da Marinha, foi ativado em 17 de abril de 1962 e desde então participou de quase todas as operações aeronavais. Suas atribuições incluem o ataque aéreo, esclarecimento (visual ou por radar), patrulha naval, apoio logístico, aerofotogrametria, busca e salvamento, evacuação aeromédica, guarda de aeronaves diurna em porta-aviões, apoio às operações anfíbias ou especiais dos fuzileiros navais e participação no programa antártico.

O Esquadrão já usou doze modelos de helicóptero em sua história, atualmente operando o UH-12 Esquilo e o UH-17 (Airbus H135), que substitui seus antigos UH-13. 

Em 2020, estavam operacionais seis UH-12 e três UH-13, sendo algumas destas aeronaves utilizadas na Antárctica.

EsqdHU-2 - Pégasus


O 2.º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral foi ativado em 25 de fevereiro de 1988 com aeronaves AS 332F1 Super Puma, designadas UH-14. 

Suas funções mais destacadas foram de transporte de fuzileiros navais e guarda de aeronaves noturna em porta-aviões. Ele também realiza transporte de carga, evacuação aeromédica, combate a incêndio e busca e salvamento. Seis Super Puma foram comprados originalmente, servindo até sua desativação em 2018.

Super Puma N-7073

O sucessor do UH-14 foi o EC-725 Super Cougar, cuja produção foi negociada entre o governo brasileiro e a Helibras/Airbus Helicopters em 2008, prevendo a produção de cinquenta aeronaves em Itajubá, das quais dezesseis pertenceriam à Marinha: oito na versão básica, designada UH-15, três numa versão intermediária (UH-15A) e cinco numa versão operacional (AH-15B).

O AH-15B, também chamado de H255M Naval, é a versão mais complexa. Desenvolvido especificamente para a Marinha, conta com sistemas de ataque antinavio modernos: mísseis Exocet AM39 B2M2, sistema “Chaff & Flare”, radar tático APS-143 e equipamento FLIR Star Safire III, integrados por um sistema de gerenciamento de dados táticos de missão (NTDMS).

Em maio de 2022 a Marinha reduziu em um AH-15B seu pedido, trocando-o por mais helicópteros Esquilo. 14 aeronaves já haviam sido entregues ao final de 2022, incluindo três AH-15B, Entretanto, os novos helicópteros também se destinam aos meios distritais.

Em janeiro de 2023 o esquadrão operava com dez helicópteros.

EsqdQE-1


O 1.° Esquadrão de Aeronaves Remotamente Pilotadas, ativado em 5 de julho de 2022, é responsável pelas seis ARPs de modelo ScanEagle, junto com seus lançadores e recolhedores para operações terrestres e embarcadas. Ele realizou seu primeiro voo a partir do Navio-Patrulha Oceânico (NPaOC) Apa (P-121) em 21 de novembro de 2023.

Meios distritais

EsqdHU-41 - Hipogrifo


O 1.° Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral do Norte, ativado em 29 de outubro de 2019, é subordinado ao 4.º Distrito Naval (DN), em Belém, contando com três UH-15 para atuar nos rios e mares do Amapá, Pará e Maranhão.

EsqdHU-51 - Albatroz


O 1.º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral do Sul foi ativado em 25 de junho de 1998 com o nome de 5.º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral (HU-5), alterado para o atual em 2019. Sediado em Rio Grande, é subordinado ao 5.º Distrito Naval e atua na região Sul do Brasil, contando com três UH-12 em 2020.

EsqdHU-61 - Gavião


O 1.º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral do Oeste foi ativado em 6 de junho de 1995 com o nome de 4.º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral (HU-4), alterado para o atual em 2019. Sediado em Ladário, é subordinado ao 6.º Distrito Naval, com jurisdição sobre os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. 

Em 2020, contava com três UH-12. A área de fiscalização aérea do 6.º DN é de 983 km de fronteira seca e alagada com a Bolívia e 1.290 km com o Paraguai, por onde embarcações escoam reservas minerais na bacia do Prata e atravessam rotas do narcotráfico. 

EsqdHU-91 - Tucano


O 1º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral do Noroeste, originalmente 3º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral (HU-3), foi ativado em 14 de janeiro de 1994 em Manaus, onde está subordinado ao 9.º Distrito Naval, tendo como função o apoio à Flotilha do Amazonas.

Seu desenvolvimento reflete o crescimento gradual da importância da Amazônia nas preocupações das Forças Armadas, com pautas como a vizinhança das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, contra as quais a Marinha participou da Operação Traíra em 1991, e o temor com a internacionalização da Amazônia. 

Em 2020 o esquadrão operava cinco UH-12.

No ar, os homens do mar: Fases da Aviação Naval Brasileira


Primeira fase (1916-1941)

A história da Aviação Naval Brasileira se inicia em 23 de agosto de 1916, com a assinatura, pelo Presidente Wenceslau Braz, do Decreto de criação da Escola de Aviação Naval, primeira escola militar de aviação do país e marco do nascimento da Aviação Naval.

Das suas instalações iniciais na carreira do antigo Arsenal de Marinha, a Escola de Aviação Naval passou depois para a ilha das Enxadas, e posteriormente para a ponta do Galeão, onde funcionou até 1941, quando, em função da criação do Ministério da Aeronáutica.

O período foi marcado pelo transporte da primeira mala aérea civil e militar, o que promoveu a criação, posteriormente, do Correio Aéreo Nacional (CAN), assim como o primeiro voo de um Presidente da República em uma aeronave militar brasileira e a participação de aviadores navais em operações reais de patrulha, durante a Primeira Guerra Mundial, integrando o 10° Grupo de Operações da Royal Air Force.

Em janeiro de 1941, por força de Decreto-Lei, nascia a Força Aérea Brasileira (FAB), recebendo todo o acervo de aviões, bases, equipamentos e pessoal, tanto da Aviação Naval quanto da Aviação Militar do Exército, encerrando a primeira fase.

Segunda fase (1952-1965)

Com a extinção da Aviação Naval em 1941, a Marinha participou da Segunda Guerra Mundial sem o seu componente aéreo orgânico, o que mostrou a necessidade de se ter uma aviação embarcada para apoio dos navios no mar.

Somente em 1952, após um intervalo de onze anos, ressurge a Aviação Naval, dando início à sua segunda fase, com a criação da Diretoria de Aeronáutica da Marinha, prevista na Lei nº1658, de 04 de agosto de 1952, que estabelecia uma nova organização administrativa para o Ministério da Marinha. 

Mais do que uma ação de reestruturação, a Lei refletia o reconhecimento da necessidade da Marinha voltar a possuir a sua Aviação Naval Orgânica.

Essa segunda fase se estendeu até 1965, quando, por força de Decreto Presidencial, a Marinha ficou restrita às aeronaves de asa rotativa, os helicópteros.

Terceira fase (1965-1998)

De 1965 até 1998 a Aviação Naval viveu a sua terceira fase, sendo uma das poucas marinhas do mundo que operava com helicópteros embarcados, inclusive no período noturno.

Quarta fase (1998-2022)

A partir de 08 de abril de 1998, com a assinatura do Decreto Presidencial nº 2538, deu-se início à quarta fase da Aviação Naval, quando a Marinha passou a ter novamente o direito de operar aeronaves de asa fixa.

Foram adiquiridos aviões Douglas A-4 Skyhawk, fazendo com que o Brasil entrasse no seleto grupo de países com capacidade de operar aviões a partir de navios aeródromos.

Este período também foi marcado pela chegada do Porta-Helicópteros A140 “Atlântico” (PHMAtlântico) em 2020.

Porta-Helicópteros A140 Atlântico

Fase atual (2022)

No ano de 2022, a Aviação Naval entra na quinta fase da sua história, tendo como marco a inauguração do 1° Esquadrão de Aeronaves Remotamente Pilotadas, fato que deu início às operações de um novo tipo de aeronave com capacidade para realizar missões de inteligência, vigilância e reconhecimento.

A nova fase é marcada pela modernização e aquisição de aeronaves e equipamentos de alta tecnologia proporcionando inovações técnicas e táticas de combate, como por exemplo o emprego de óculos de visão noturna, tecnologia que proporciona a capacidade de superar as limitações do olho humano sob baixa visibilidade.

Esquadrões distritais

Ainda que a Aviação Naval esteja concentrada em São Pedro da Aldeia, ela atua em todo território nacional por meio dos quatro esquadrões distritais, localizados em:

- Belém (PA),
- Rio Grande (RS),
- Ladário (MS)
- Manaus (AM).

Eles possibilitam a atuação na Amazônia, Pantanal, e na Amazônia Azul, protegendo as riquezas e os interesses do País e no exterior.

Missão

As aeronaves do ComForAerNav, além dos exercícios operativos que realizam embarcados nos navios da Esquadra e das Forças Distritais ou com os Fuzileiros Navais, também participam de comissões hidrográficas em navios da Diretoria de Hidrografia e Navegação, nas Operações Antárticas e, ainda, em diversas missões de apoio, destacando-se as de caráter humanitário, tais como as de busca e salvamento, as de transporte em programas sociais do governo federal e as de assistência hospitalar às comunidades ribeirinhas.

A Visão de Futuro

"Manter-se no mais alto nível de prontidão, capacitação e combatividade, para conduzir operações aéreas, sobre terra e mar, com sucesso, aonde o Comando em Chefe da Esquadra julgar necessário."

Fonte: Marinha

Nenhum comentário:

Tecnologia do Blogger.